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sábado, 14 de dezembro de 2013

A História da Radiestesia - Parte 02

A História da Radiestesia - Parte 02


Antigamente, os chineses acreditavam que a água corria sob a terra nas "veias do dragão". As veias de água ocultas serviam, assim como o sangue nos animais, para desembaraçar de impurezas o corpo da terra, considerado 1 não como um amontoado de rochas, mas como um ser vivo. O sistema circulatório da Terra era também servido por uma rede de correntes perpétuas na atmosfera. A noção de uma ligação maior entre a terra e as criaturas que nela vivem, devido aos campos de energia que lhes são comuns, era melhor aceita e compreendida na Antigüidade tanto nas culturas ocidentais quanto nas orientais.
Hoje podemos constatar uma retomada do interesse por tais questões. Todos esses antigos conceitos foram praticamente banidos da cultura chinesa pela Revolução Cultural perpetrada por Mao Tse-Tung, mas curiosamente, a partir dos anos 90, foram redescobertas no ocidente e imediatamente aceitas tanto por sua qualidade quanto por esquisitice esotérica. Dá-lhes Feng Shui! No Egito foram descobertos objetos que apresentam uma notável semelhança com os pêndulos utilizados nos dias de hoje; inclusive um deles deu origem ao que é conhecido hoje como Pêndulo Egípcio. No primeiro livro de autoria de Chaumery e Bélizal, os autores desenvolvem toda uma teoria sobre o uso da radiestesia pelos egípcios, a qual será objeto de uma explanação mais detalhada num capítulo deste livro.
Os romanos usaram uma vara em forma de cajado chamada lituus, como instrumento de adivinhação. E a vareta em forma de forquilha, obtida de um galho de árvore, chamada de vírgula divina era comumente utilizada para a prática da rabdomancia. Durante as invasões romanas, as legiões eram precedidas por portadores de varetas cuja missão era encontrar as águas subterrâneas necessárias para o consumo das tropas. Foi desta forma que os romanos deixaram espalhadas pela Europa fontes termais encontradas quando da busca de água potável.
Do final do império romano até o início da Idade Média, não se encontram referências quanto à prática da radiestesia. Em 1518, Lutero condena o uso da vareta radiestésica por achar que ela serve de intermediária para uma relação ilícita com o diabo. Num livro de receitas mágicas francês intitulado O Dragão Vermelho de 1521 encontramos a primeira receita para preparar uma vareta radiestésica: "No momento em que o Sol se eleva no horizonte, tomai com a mão esquerda uma vareta virgem de nogueira silvestre e com a direita a cortareis com três golpes, enquanto pronunciareis a seguinte evocação: Te recomendo, ó grande Adonai, Elohim, Ariel e Jehovah, de dar a esta vara a força e a virtude da vara de Jacob, da de Moisés e do grande Josué... ".

Hoje em dia a coisa é bem mais fácil. Basta ir numa loja e comprar uma vareta; ufa, que alívio!! Em 1521, o suposto monge beneditino Basile Valentin, na obra O Carro Triunfal do Antimônio, enumera sete qualidades de varetas que os mineiros austríacos utilizavam para descobrir as jazidas de carvão ou de minerais. Segundo Valentin, a vareta era para eles um instrumento tão precioso que era mantida constantemente presa no cinto ou no chapéu. O livro De Re Metalica, do alemão Georgius Agrícola, publicado em 1556, faz o inventário do uso das varas radiestésicas para a prospecção: a veleira para a prata, freixo para o cobre, pinheiro negro para o chumbo e o estanho e, ainda, a vara de ferro para a pesquisa de ouro e prata.

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