A expressão “Radiestesia Cabalística” difundiu-se no Brasil para designar uma prática de Radiestesia com pêndulos contento palavras em hebraico, todavia esta denominação não se faz presente no trabalho de La Foye nem no de Jean Gaston Bardet, Foi usado pela primeira vez por Jacques La Maya em 1983, no livro Medicina da Habitação. Inicialmente ele se refere a ela como A Radiestesia da Verdade (técnica cabalística nova), mais adiante no trabalho acabou por reduzir para Radiestesia Cabalística. Contudo, em todos os trabalhos publicados a seguir na Europa, esta expressão não é utilizada. Denominação cômoda, mas falha, já que induz a algo cujo significado é falso. Cabe aqui um esclarecimento: não se deve confundir a expressão cabalística com a prática da cabala hebraica ou conhecimento ocultos, místicos, de qualquer estirpe. Esta técnica de Radiestesia originou-se nas pesquisas do hebraísta, urbanista, etc., francês Jean Gaston Bardet e do radiestesista também francês Jean de La Foye.
Bardet foi o descubridor de um fato que veio revolucionar o estudo da Radiestesia de ondas de forma. Ele descobriu que as letras do hebraico bíblico são emissoras e que as palavras escrita nessa língua emitem EIFs o seu próprio significado.
Bibliografia
RODRIGUES, A. Radiestesia Clássica e Cabalistica. 1ª Ed. ed. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.
Os remédios Florais é fruto genial das inspirações do Dr.
Edward Bach, notável médico inglês, e que assumiu a missão de ajudar na cura de
estados emocionais e mentais em desequilíbrio. Estados estes que, ele acredita,
é um fator determinante na recuperação de qualquer doença do corpo. O Dr.
Edward nasceu em setembro de 1886, em Moseley, perto de Birmingham, Inglaterra.
Quando criança já demonstrava grande capacidade de
concentração, afeto pela natureza, sensibilidade e intuição. Foi ainda na
escola que decidiu que seria médico.
Com 20 anos de idade, ingressou na Faculdade de Medicina
de Birmingham. Formou-se e faz especialização em bacteriologia, imunologia e
saúde pública. Trabalhou no Hospital Universitário durante a Primeira Guerra
Mundial, sendo responsável por 400 leitos de feridos.
Naquela época, Bach pôde observar como os pacientes
reagiam diante das enfermidades e como suas reações influenciavam os
tratamentos. Ele percebeu que o mesmo tratamento, para a mesma doença ou
enfermidade, nem sempre curava e que a eficácia de um medicamento era diferente
em diferentes pessoas. Ele observou que paciente com temperamentos similares
melhoravam com o mesmo remédio. Para o Dr. Bach, tornou-se evidente que no
tratamento de enfermidades, o temperamento do paciente tinha um fator mais determinante
que o corpo físico.
Antes de se dedicar aos estudos dos remédios florais, o
Dr. Edward Bach, através de suas pesquisas, descobriu uma vacina que auxiliava
na cura de doenças crônicas. Aprofundando suas pesquisas e seus estudos para o
aperfeiçoamento da vicina, em julho de 1917, foi acometido por uma doença
incurável. Embora tenha sido operado, os médicos lhe deram apenas mais três
meses de vida. Focado na ideia de terminar suas pesquisas, abandonou o hospital
antes de receber alta e foi para seu escritório onde trabalhava dia e noite.
Passaram-se os dias e, finalmente percebeu que estava completamente curado.
Essa experiência o levou a concluir que um interesse absorvente, um grande amor
ou um grande propósito definido na vida são fatores decisivos para a saúde e a
felicidade do homem.
O Dr. Edward Bach vivenciou a importância do equilíbrio
emocional na cura das enfermidades.
Em 1919, passou a trabalhar com patologista e
bacteriologista do Hospital Homeopático de Londres. Entusiasmou pela
homeopatia, na qual encontrou muita semelhança como as suas próprias ideias e
observações. Nos anos seguintes, aprofundou seus estudos da obra de Hahnemann,
fundador da homeopatia. Decidiu preparar suas vacinas com a técnica homeopática
e criou vacinas orais, que tiveram grande aceitação no meio médico.
Em 1929, aos 43 anos de idade, Bach era respeitado por
alopatas e homeopatas de toda a Europa. Estava em pleno êxito profissional como
clínico e pesquisador, quando abandonou todas as suas atividades na cidade e
partiu para o campo, em busca de novos remédios. Entre 1930 e 1934 descobriu e
preparou os 38 remédios florais e escreveu os fundamentos de sua nova medicina.
De volta à civilização, verificou a eficácia dos medicamentos e compreendeu a
grande ajuda que poderiam da à humanidade doente. Em 1936, disse aos seus
colaboradores: “minha tarefa está cumprida; minha missão neste mundo está
terminada.”. Poucas semanas depois, enquanto dormia, o Dr. Bach faleceu.
Deixou-nos um conhecimento bem profundo e, ao mesmo tempo, simples, a ponto de
permitir a automedicação e prescrição por leigos. No entanto, cabe-nos
ressaltar que essa “automedicação” exige autoconhecimento e capacidade de
observação, sem que o individuo se identifique com as próprias emoções.
Da mesma forma, a prescrição por leigos pode ser feito,
desde que conheçam profundamente os remédios, as regras básicas para a escolha,
tenham sensibilidade, intuição e compreensão das leis espirituais que estão sendo violas pela pessoa. Do contrário,
correm o risco de indicar o remédio errado que, ainda que não provoque distúrbios,
deixa de atingir o fim desejado.
Deve-se salientar que esses remédio florais podem ser
usados concomitantemente a outros tratamentos e não provocam efeitos
colaterais. Ou seja, esses remédios florais podem ser usados quando se estiver
tomando remédios normais de farmácia, pois não efeito colateral. Gravidas e
bebês também pode fazer uso, assim como os animais de domésticos.
Os remédios Florais do Dr.Bach figuram entre os sistemas
médicos alternativos reconhecidos e recomendados pela Organização Mundial de
Saúde.
O livro Cura-te a
Ti Mesmo, aliado a Os Doze Remédios,
nos levam a uma compreensão mais profunda das causas das doenças e fornece as
chaves para a verdadeira cura interior.
Bibliografia
BACH, D. E. Os remédios Florais do Dr. Bach.
Tradução de Alipio Correa de Franca Neto. 19ª. ed. São Paulo: Pensamento,
2006. 100 p. ISBN 978-85-315-0577-5.
Natural de Boulogne, o abade Alexis
Bouly (1865-1958) foi o primeiro superior de um colégio nessa cidade até 1910
tendo-sido então nomeado pároco na pequena estação balneária de Hardelot- Plage.
Foi aí que, um dia, passeando com um amigo praticante de radiestesia, uma
pequena vareta de madeira apanhada por acaso pôs-se a vibrar perto de uma fonte
de água. Intrigado com o acontecimento, Bouly repetiu a experiência e não parou
mais com a atividade que o tornaria famoso mais tarde.
Alexis Bouly
Mais tarde, Bouly funda a Sociedade dos
Amigos da Radiestesia, utilizando, então, a nova expressão por ele criada.
Um outro abade francês, Alexis Mermet
(1866-1937), nascido no seio de uma família de praticantes da radiestesia,
originária da Saboya, (iniciou-se muito cedo na arte da radiestesia). A
extensão de seus conhecimentos e a importância de seus sucessos no campo da
radiestesia valeram-lhe o título de "príncipe dos radiestesistas". Descobriu
numerosas fontes de água mineral, jazidas de metais, pessoas desaparecidas,
etc. Em 1919, começou a praticar a radiestesia a distância (vinte anos mais
tarde, Émile Christophe fez preceder a palavra radiestesia do prefixo tele:
"telerradiestesia", que significa radiestesia a distância),
influenciado pela prática de outros padres que descobriam fontes de água
pesquisando sobre mapas; só que Mermet estendeu esta técnica para todas as
áreas de sua atividade. Em 1928, publica Le
Pendule Révélateur, mais dois livros em 1938; mas foi em
1934 que a Maison de la Radiesthésie edita o famoso Comment J'Opere – "Como
eu opero para descobrir de perto ou longe: fontes, metais, corpos escondidos,
doenças" – considerado a bíblia da radiestesia, no qual Mermet declara:
"Eu inventei o método de diagnóstico pelo pêndulo". Traduzido para o
inglês, o livro difundiu os métodos do célebre abade para lá das fronteiras da
Europa.
Alexis Mermet
A primeira metade do Século XX foi
agraciada com o surgimento dos mais importantes nomes da radiestesia: os já
referidos Alexis Bouly e Mermet e, ainda, Louis Turenne, Henry de France, autor
da primeira revista (1930) mensal de radiestesia, Émile Christophe, grande
teórico, Gabriel Lesourd, Alfred Lambert, fundador da Maison de La
Radiesthésie, Antoine Luzy, Jean Jurion, Joseph Treive, Léon Chaumery, André de
Bélizal, só para citar alguns dos mais conhecidos.
Em 1693, Pierre le Lorrain, abade de
Vallemont, publica uma corajosa defesa da arte da rabdomancia intitulada A Física Oculta, com
o subtítulo Tratado da Vareta Divinatória e
sua Utilização para a Descoberta de Fonte de Água, Jazidas de Metais, etc. Contrário à teoria dos corpúsculos, ele propunha:
"já que certas pessoas são dotadas de uma acuidade visual ou auditiva
excepcional, por que não seria possível que os órgãos dos sentidos ligados ao
fenômeno da rabdomancia pudessem ter uma sensibilidade variável?" Qualquer
que fosse a explicação que a ciência pudesse dar sobre a matéria, Vallemont
estava convencido de que a rabdomancia só poderia ser benéfica para a
humanidade. No dia 26 de outubro de 1701, a obra de Vallemont foi colocada no Index Librorum Prohibitorum pela Inquisição. Assim mesmo, ela foi reeditada em 1702 e em
1722, tal o interesse que a arte da rabdomancia despertava. No Século XVIII, no
entanto, um número crescente de padres e abades estudaram o fenômeno,tendo eles
mesmos praticado intensamente.
Em 1798, Antoine Gerboin, professor da
Faculdade de Medicina de Estrasburgo, após contemplar o filho de um amigo
brincar com uma esfera de madeira suspensa por um fio, teve a idéia de amarrar
a ponta do fio no dedo do menino, constatando que, após algumas oscilações, a
esfera voltava sempre à posição inicial. Gerboin levou a cabo numerosas
experiências com corpos suspensos por fios, que resultaram em complexas teorias
sobre "uma força particular que existe no homem". O resultado de suas
investigações foi publicado em 1808, sob o título de "Investigações Experimentais sobre um Novo Modo
de Ação Elétrica ". O pêndulo, como principal instrumento para a prática do que
viria a ser definido como radiestesia, acabara de nascer. No Século XX, a
radiestesia emergiu como uma nova ciência, resultado das pesquisas de alguns
abades franceses. Em 1919, o abade Alexis Bouly, em colaboração com o também
abade Bayard, trocando idéias sobre diferentes etimologias, chegaram 'a junção
de duas palavras, uma de origem latina, radius
= rádio, radiação, e outra grega, aisthesis = sensibilidade.
O termo radiestesia acabava de nascer, substituindo a expressão rabdomancia
usada até então.
Em 1926, aconteceu em Paris o Terceiro
Congresso Internacional de Psicologia Experimental; várias sessões foram
dedicadas à radiestesia e seus praticantes. A partir de então os congressos
sucederam- se: 1926, 1929 (criação da Associação Francesa e Internacional dos
Amigos da Radiestesia), 1932 (Congresso de Avignon com a representação de onze
países), 1933, 1935 e finalmente, em 1956, o Congresso Internacional de Locarno
decide a criação da União Mundial dos Radiestesistas.
Antigamente, os chineses acreditavam que a água corria sob a
terra nas "veias do dragão". As veias de água ocultas serviam, assim
como o sangue nos animais, para desembaraçar de impurezas o corpo da terra,
considerado 1 não como um amontoado de rochas, mas como um ser vivo. O
sistema circulatório da Terra era também servido por uma rede de correntes
perpétuas na atmosfera. A noção de uma ligação maior entre a terra e as
criaturas que nela vivem, devido aos campos de energia que lhes são comuns, era
melhor aceita e compreendida na Antigüidade tanto nas culturas ocidentais
quanto nas orientais.
Hoje podemos constatar uma retomada do interesse por tais
questões. Todos esses antigos conceitos foram praticamente banidos da cultura
chinesa pela Revolução Cultural perpetrada por Mao Tse-Tung, mas curiosamente,
a partir dos anos 90, foram redescobertas no ocidente e imediatamente aceitas
tanto por sua qualidade quanto por esquisitice esotérica. Dá-lhes Feng Shui! No
Egito foram descobertos objetos que apresentam uma notável semelhança com os
pêndulos utilizados nos dias de hoje; inclusive um deles deu origem ao que é
conhecido hoje como Pêndulo Egípcio. No primeiro livro de autoria de Chaumery e
Bélizal, os autores desenvolvem toda uma teoria sobre o uso da radiestesia
pelos egípcios, a qual será objeto de uma explanação mais detalhada num
capítulo deste livro.
Os romanos usaram uma vara em forma de cajado chamada lituus,
como instrumento de adivinhação. E a vareta em forma de forquilha, obtida de um
galho de árvore, chamada de vírgula divina era comumente utilizada para
a prática da rabdomancia. Durante as invasões romanas, as legiões eram precedidas
por portadores de varetas cuja missão era encontrar as águas subterrâneas
necessárias para o consumo das tropas. Foi desta forma que os romanos deixaram espalhadas
pela Europa fontes termais encontradas quando da busca de água potável.
Do final do império romano até o início da Idade Média, não
se encontram referências quanto à prática da radiestesia. Em 1518, Lutero
condena o uso da vareta radiestésica por achar que ela serve de intermediária
para uma relação ilícita com o diabo. Num livro de receitas mágicas francês
intitulado O Dragão Vermelho de 1521 encontramos a primeira receita para
preparar uma vareta radiestésica: "No momento em que o Sol se eleva no
horizonte, tomai com a mão esquerda uma vareta virgem de nogueira silvestre e
com a direita a cortareis com três golpes, enquanto pronunciareis a seguinte
evocação: Te recomendo, ó grande Adonai, Elohim, Ariel e Jehovah, de dar a
esta vara a força e a virtude da vara de Jacob, da de Moisés e do grande
Josué... ".
Hoje em dia a coisa é bem mais fácil. Basta ir numa loja e
comprar uma vareta; ufa, que alívio!! Em 1521, o suposto monge beneditino
Basile Valentin, na obra O Carro Triunfal do Antimônio, enumera sete
qualidades de varetas que os mineiros austríacos utilizavam para descobrir as
jazidas de carvão ou de minerais. Segundo Valentin, a vareta era para eles um instrumento
tão precioso que era mantida constantemente presa no cinto ou no chapéu. O
livro De Re Metalica, do alemão Georgius Agrícola, publicado em 1556,
faz o inventário do uso das varas radiestésicas para a prospecção: a veleira
para a prata, freixo para o cobre, pinheiro negro para o chumbo e o estanho e,
ainda, a vara de ferro para a pesquisa de ouro e prata.
A radiestesia parece ser tão antiga
quanto a necessidade do homem em descobrir aquilo que está oculto. Tanto é ele
que ele criou técnicas oraculares baseadas nos mais diferentes princípios para
tornar explícitas, visíveis, tangíveis as respostas a seus diversos
questionamentos. A rabdomancia foi até o início do século XX considerada como
mais uma forma de adivinhação. Exploradores descobriram, grosseiramente
esculpidas em cavernas dos Pireneus, provas de uma prática que permitia aos
caçadores da época pré-histórica paralisar, a caça para poder em seguida
capturá-la mais facilmente.
Para alcançar esse fim, eles desenhavam
sobre as paredes de suas habitações subterrâneas a forma do animal previamente
avistado em uma de suas caçadas e uma mão estilizada, colocada normalmente
sobre o flanco do animal, o que marcava a vontade e a força do homem sobre sua
presa. Depois, durante seções de magia, traçavam feridas sobre estes desenhos,
matando assim o animal em efígie, para se assegurarem de que, no dia da caça, o
animal previamente encantado seria capturado de fato. O homem pré-histórico já
tinha percebido a possibilidade de captar e transmitir energias a distância por
meio de práticas simples. Sabemos que todos os corpos vivos vibram e emitem ondas;
estas radiações infinitamente pequenas estão mesmo na origem do princípio da
vida. Tanto a radiestesia como algumas outras técnicas se baseiam na capacidade
humana de captar ondas, vibrações e, em certas circunstânciassustentá-las e até
emiti-las a distância.
Para sintonizar o animal, os caçadores pré-históricos
usavam um instrumento conhecido como "vara de comando". Essa vara era
simplesmente um pêndulo com a particularidade de ter gravadas sobre suas
laterais desenhos de animais. Geralmente construído em madeira ou osso de rena,
a vara de comando era um detector-testemunho perfeito para a caça do animal. De
forma reta ou curva, furada na parte superior, para passagem de um suporte
cilíndrico em madeira ou osso (vareta que o homem segurava horizontalmente por
cada uma das extremidades), a vara-pêndulo girava à volta desse suporte pela
lei das ondas sustentadas, usando a mão do outro braço como uma antena,
captando a radiação-rena, vara de comando e isto a qualquer distância
que se encontrasse o animal. Para sintonizar outro animal, bastava ao caçador eliminar
de seu cérebro todos os animais gravados sobre a vara, para se fixar sobre
aquele que seria objeto de seu desejo; é o que se chama de seleção mental.
O desenvolvimento da capacidade de uma
boa seleção mental conduzirá você, leitor interessado na prática da
radiestesia, à condição final de "radiestesista". Os chineses já
usavam a rabdomancia dois mil anos antes de nossa era. Um baixo-relevo de
madeira de 147 a.C representa o imperador chinês Ta-Yu da dinastia Hsia, em
2205 a.C, que tinha a reputação de ser um dos maiores, prospectores de água da
Antigüidade, segurando um instrumento parecido com um diapasão. A legenda que
acompanha a figura nos diz o seguinte: "Yu, da dinastia Hsia, foi célebre
por seus conhecimentos sobre as correntes subterrâneas e fontes de água;
conhecia igualmente o princípio Yin e, se necessário, construía
barragens".